segunda-feira, 29 de junho de 2015

Alice, é você?

pois acabo de descobrir mais uma alegria na minha vida. 
pintando uma parede, a pequena me diz: tô achando muito bonito, porque tá me lembrando Alice.

gosto que minhas coisas sejam alice.


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Tem hora que a gente cria sonhos irrealizáveis... e logo depois pensa: está tudo certo.

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um sonho irrealizável não parece coisa boa, mas, ué, por que temos que fazer real todos os sonhos?
o sonho era entrar na caverna de Chauvet, ver suas pinturas, seus brilhos, sentir seu cheiro, respirar aquele mesmo ar que foi respirado há milhares de anos e me conectar com o pintor de dedinho torto, aquele, que dizem ser (senão o) um dos primeiros artistas do mundo, que nos mostrou que a diferença da nossa espécie pra os neandertais, que chegaram um pouco antes de nós sapiens, é esta: a capacidade de ver, de observar, de tornar aquilo simbólico e, então, representar. 
ô quem dera entrar lá e sentir os animais que correm com oito patas. 
mas não vou, eu sei.

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enquanto isso, no meu mundo real, eu ganho de dia das mães presentes lindos, tão lindos como uma panqueca de laranja com doce de leite e um passeio pelas pinturas rupestres daqui. de quanto tempo atrás? não sei. mas que me levou a imaginar a dura vida de quem fez aquele desenho, ah, me fez! e vos digo: foi uma criança. que viu a siriema correndo pelo Lajeado, tornou aquilo simbólico e representou, com seus dedos sujos da tinta feita de sangue.

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