quinta-feira, 9 de abril de 2015

Biso Adolfo, vó Danira

dessas coisas com explicação difícil de alcançar, hoje foi o dia em que, finalmente, consegui terminar a "restauração" dessa luminária. 

quanto orgulho cabe numa peça? 

de manhã, terminei a instalação elétrica, de tarde, comprei os parafusos que faltavam e, de noite, coloquei no seu devido lugar: ao lado dos lança-perfumes que minha vó tanto gostava e que meu bisavô insistia em pegar os potes usados, cortar e soldar para dar novos usos. hoje estes potes estão no banheiro da minha casa, um com um maço de sempre-vivas e outro com uma flor de plástico vermelha junto de um macinho de sementes de grama unidos por um lacinho de palha, que minha pequena me deu a um tempo atrás. logo acima, coloquei a luminária. 

gosto de banho com luz indireta. tomei banho feliz, hoje. 

pouco depois de pronta a co-produção minha com meu bisavô, recebo a triste (mas boa) notícia da partida da minha vó. foi hoje o dia de unir de gerações. 

por quanto tempo eu vou chorar a cada vez que vir isto?



Conflito noturno

deitada com o mini menino, o grandinho arrumando sua cama e a pequena já quase dormindo, cada um em seu quarto. 
aí eu digo:
_ boa noite, meus amores, durmam bem.

foi a pequena que me respondeu:
_ boa noite, mamãe, sonha com deus, com os anjos e com unicórnios.
_ você também, minha amora, e com as fadas, pra elas realizarem todos os seus desejos oníricos - eu disse mantendo o brilho do encanto.

foi aí que veio a voz do terceiro quarto:
_ e com os deuses da morte.


cataploft (ouviu-se o som de todos os brilhos caindo no chão)

_ rapaz, assim você acaba com o encanto - falei.
e ele me respondeu: é que toda história tem seu conflito.