decidimos:
eu:_o que você acha da lagarta
aqui em casa, no terrário?
a pequena: _não sei, ela deve
sentir falta da casinha dela.
_ lagarta não tem casa, vive
andando por aí, pelo mato.
_ ela deve sentir falta dos
filhos dela, então.
_ não, não tem filho também não.
_ mas amiga ela tem, é claro.
_ ah, com certeza.
abrimos o terrário com um potinho
de plástico do lado. esperamos a lagarta entrar no pote. demorou! decidimos:
ela ficaria perto da amoreira, pra poder comer folha fresca de verdade.
a pequena chorou. é porque eu
queria ver ela virar casulo. quer deixá-la aqui, então? não, acho melhor ela
ficar com as amigas dela.
lá fomos nós e a lagarta pra perto da amoreira. ela saiu do pote. foi rápida! bom vê-la caminhando pelo mato.
lá fomos nós e a lagarta pra perto da amoreira. ela saiu do pote. foi rápida! bom vê-la caminhando pelo mato.
(como dizer?... me parece, por vezes, que o sadismo e a
prepotência nossa – humana – se
fantasia de amor, curiosidade,
conhecimento, amizade o que for. não gosto de
bicho preso,
me fez feliz nossa decisão.)
a pequena chorou, mas desta vez, de feliz.
dois dias depois, quem veio nos visitar na folha de Íris logo
em frente à varanda? a pequena que viu. acho que ficamos amigas, nós três.